NathSchneider
Segundo ele, também está sendo montado um grupo de trabalho, com secretários estaduais de Educação e entidades de classe, como representantes de alunos e professores, para avaliar mudanças na implantação do Ensino Médio:– Não é questão de revogar. O novo Ensino Médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir – afirmou o ministro.
Camilo Santana destacou também que o novo Ensino Médio tem pontos positivos e que “o grande equívoco” do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), foi não ter construído um diálogo com a sociedade para executar a medida.– Nós queremos fazer pesquisas e consultas a professores e à comunidade acadêmica, fazer seminários e reunir os estudiosos para que a gente possa melhorar o que puder ser melhorado no Ensino Médio. A ampliação da carga horária e a oportunidade de você ter disciplinas complementares são coisas positivas, por exemplo, mas isso é um processo que precisa ser consolidado – avaliou Camilo Santana.
Especialistas apontam fragilidades na reforma e avaliam que ela vai na contramão da qualidade esperada para a etapa, com a diminuição da carga horária de disciplinas básicas, como Filosofia e Sociologia.
Enem
O ministro também confirmou mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas não especificou quais mudanças podem ser adotadas e disse que elas só devem ocorrer, efetivamente, em 2024.– Neste ano vai se manter como está, porque não dá tempo. O presidente do Inep já está discutindo a questão e convidando representantes dos estados e especialistas em Educação para que a gente possa apresentar e lançar o novo Enem – finalizou o ministro.